Knowledge Society: as competências na Sociedade do Conhecimento

Em tempos digitais, emerge uma sociedade do conhecimento, onde desenvolver competências é a nova métrica para a mensuração do aprendizado.

Paula Motta

Paula Motta

Nos últimos anos, temos ouvido falar que o mundo vem mudando rapidamente. Que vamos precisar nos capacitar, desenvolver Habilidades do Séc XXI, Aprendizagem do Futuro, Hard Skills, Soft Skills, uso de novas Tecnologias, etc. O que eu posso dizer é que nós já te aguardávamos, portanto: "Seja Bem-Vinda, Era do Conhecimento!"

É sabido que nosso sistema Educacional já não é eficaz como foi desenhado há muitos e muitos anos atrás. Estamos desconectados da realidade, das necessidades da sociedade e da economia global, contexto que foi ainda mais potencializado pelo cenário do “FIQUE EM CASA” vivenciado nas últimas semanas. Como toda mudança traz consigo dificuldades, temos que nos adaptar o mais rápido possível, já que o que era tido como futuro, tornou-se o Presente, o HOJE.

Métodos interativos de educação, que promoverão os aspectos de pensamento crítico e individuais necessários para essa Nova Economia, estão sendo impulsionados pela inovação. Design de ambientes de Aprendizagem como no ensino híbrido (Rotação por Estações, Laboratório Rotacional, Rotação Individual, Sala de Aula Invertida, etc) são exemplos de novas aplicações que vamos observar em maior escala a cada dia.

Vale ressaltar que essa “aprendizagem” remota que estamos acompanhando atualmente está muito longe de ser algo estruturado, como em formatos híbridos e/ou presenciais. Esse é um movimento de caráter emergencial, sem planejamento, construção, acompanhamento e ferramental necessário. Com a aceleração da Transformação Digital, modelos de educação terão que se adaptar para equipar os alunos (crianças, jovens e também adultos) com as habilidades necessárias para criar um ambiente inclusivo e coeso em um universo mais produtivo.

Nesse contexto de Aprendizagem e do nosso processo de caminhada evolutiva surgem então novas Métricas, as Competências.

“Agora, a escola não garante que você aprenderá; aprender não significa que você terá as habilidades para o mercado de trabalho e ter as habilidades não significa que você terá um emprego – hoje a rota é mais complexa”. (Painel sobre Educação no Fórum Econômico Mundial de 2020, ocorrido em Davos/Suíça)

Habilidades de Cidadania Global, Inovação e Criatividade, Análise e Pensamento Crítico, Habilidades Socioemocionais, Habilidades Tecnológicas, Aprendizagem Acessível e Inclusiva, Colaborativa e Baseada em Problemas, Lifelong Learning são algumas dessas Competências tidas como novas métricas.

Diante do cenário de milhares de escolas direcionando conteúdos online, disponibilizando materiais de qualquer forma na rede, acredito que seja importante identificarmos o que é, de fato, o significado de Competência.

Fleury e Fleury (2001, p. 185) afirmam que o conceito de competência profissional é compreendido como: Um conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes que justificam um alto desempenho, acreditando-se que os melhores desempenhos estão fundamentados na inteligência e personalidade das pessoas.

Fonte: https://www.twygoead.com/site/blog/o-que-sao-competencias/

Em consequência da disrupção provocada pela digitalização, automação e inteligência artificial no mundo do trabalho, o Fórum Econômico Mundial, Davos 2020, preocupados com a desigualdade de oportunidades lançou uma plataforma sobre Revolução de Reskillings (Plataforma de Revolução de Requalificação) que visa proporcionar melhor educação, novas habilidades e melhor trabalho.

Essa medida reforça ainda mais os dados liberados pelo Fórum no seu famoso relatório de 2016 - The Future Of Jobs - em que demonstrou:

  • que os três grupos de competências necessárias atualmente são: cognitivas, intrapessoais e interpessoais;
  • que as competências vão se alterando ao longo dos anos, e que vamos ter que adquirir uma nova competência a cada 3 anos, em média;
  • que a humanização se torna cada vez mais imprescindível em meio a robotização.

Em outras palavras, temos que repensar as relações de trabalho, conectar tecnologia e habilidades humanas para que profissionais possam se desenvolver em meio a tantos desafios. E é por isso que somos uma Escola de Habilidades para o Hoje. A WIS existe, para gerar valor, para te ajudar a se adaptar, a se transformar e crescer todos os dias.

Quando Alvin Toffler disse a famosa frase: “Os analfabetos do séc XXI não são aqueles que não sabem ler nem escrever, mas quem não é capaz de aprender, desaprender e reaprender”, ele provavelmente não se referia apenas a conhecimentos, mas também a habilidades, atitudes, mindset, comportamentos…no fundo ele falava de competências. O “conhecimento” não aplicado se perde no mar de informações e conteúdos que existem. E por fim, não se materializa como conhecimento. Quando posto em prática, ele leva ao ciclo positivo de fazer melhor e posteriormente, ser melhor.

A criação e o aproveitamento das novas oportunidades de trabalho serão determinados pelas escolhas e investimentos individuais que vamos fazer, dependendo da direção e do esforço que vamos dar a esses aprendizados. Em um mundo online, a experiência de qualificação requer aprender a pensar, agir e prosperar. Trata-se mais de ter um mindset digital aplicado, observando a exponencialidade, alinhado ao novo momento que vivemos, e deixando de lado a linearidade com a qual fomos ensinados desde pequenos. É o eterno aprender a desaprender.

Então, já fica aqui meu questionamento: e você, o que anda fazendo com as coisas que aprende?

Fica ligado que novos artigos sobre o mundo da Transformação Digital e dessas novas Skills serão divulgados pra Você, aqui na rede Wis.

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